Inadimplência atinge novo recorde e chega a 64,25 milhões

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A cada dez brasileiros adultos, quatro (40,05%) estavam com o nome negativado em outubro de 2022, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). São 64,87 milhões de pessoas, um novo recorde para a série histórica iniciada há oito anos.

Em outubro, houve aumento de 1,06% no volume de consumidores com contas atrasadas em relação a setembro. A elevação foi de 9,24% em relação a outubro de 2021. O crescimento da base interanual se concentrou no aumento da inclusão de devedores cujo tempo de inadimplência varia de 91 dias a 1 ano (30,19%). 

Afaixa de idade com mais devedores em outubro foi de 30 a 39 anos (23,92%) – 16,07 milhões de pessoas, o equivalente a 47% do total de devedores do grupo etário. Entre os sexos, a distribuição total dos inadimplentes foi composta 50,85% por mulheres e 49,15% por homens. A dívida por consumidor em outubro era em média de R$ 3.694,06. Os consumidores com dívidas de até R$ 500 eram 34,1%, contra 48,77% com dívidas de até R$ 1 mil.

De setembro para outubro deste ano, houve elevação de 1,8% no número de dívidas no Brasil. Em relação a outubro de 2021, a alta foi 19,11%. Entre os destaques estão as dívidas com os bancos, com crescimento interanual de 31,82%, seguidas por água e luz (14,39%). Em contrapartida, houve queda nas dívidas em atraso de comunicação (-12,63%) e comércio (-0,39%). Os bancos são o setor credor com maior concentração de dívidas no País (61,34%), seguido por comércio (12,67%), comunicação (12,67%) e água e luz (10,89%).